Adeus ano velho de novo.

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Vou me despedindo do ano, não me julgue, mas sou alguém que gasta tempo demais nas despedidas e às vezes esqueço que o novo sempre vem logo após, o novo chega no momento seguinte, eu acho isso uma falta de respeito, eu sempre preciso de um tempo maior para me recuperar de tudo aquilo que se foi.

Tenho que tomar cuidado para não olhar para as memórias por tempo demais, é um prazer bom, me dá vontade de ficar para sempre ali olhando para trás, é muito seguro virar as costas para o futuro e ficar olhando a sua própria memória, até aquele momento mais caótico que nos feriu, hoje é uma memória inofensiva, não há perigo, mas também não existe vida, viver olhando para o passado é abrir mão da vida, é morrer.

Já é hora de levantar, o ano novo vai chegar em alguns dias, as pessoas vestirão branco e irão para as praias, cores, simpatias, champanhe, cobertura dos telejornais sobre a virada de ano em vários lugares do mundo, fogos de artifício, todo ano novo é repleto dos mesmos costumes e isso não é ruim. É necessário festejar, agradecer, pular ondas, mas inevitavelmente estaremos lá pela manhã, não conseguiremos faltar a esse compromisso, compromisso com o desconhecido.

Eles estarão vestindo branco, amarelo, eu estarei vestindo memórias, com um pouco de frio na barriga, mas estaremos prontos, gratos por tudo aquilo que nos trouxe até aqui.

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